Crise travou Braga
Sindicalistas e funcionários da
Amazonas Energia protestaram ontem contra a privatização da empresa proposta
pela Eletrobras. Eles temem o agravamento dos problemas, o aumento do preço da
tarifa de energia e demissões em massa. Sob o comando do ministro Eduardo
Braga desde janeiro do ano passado, o setor energético passa por uma de suas
piores crises, e atinge diretamente o Amazonas. Sem a
prometida interligação completa ao Linhão de Tucuruí, ao final de 2015 a
insatisfação dos consumidores amazonenses cresceu. Braga anunciou investimentos
de R$ 6 bilhões no Amazonas, mas foi ‘travado’ pela crise econômica. A saida é
a privatização, mas essa é uma encruzilhada para o ministro que
perde popularidade no Estado onde fez carreira politica meteórica, sendo
vereador, deputado, governador e senador.
As dificuldades no ministério e a
necessidade de se afastar do núcleo do governo, faz Braga se apegar a uma
esperança: vencer a disputa judicial contra o governador José Melo, o que
justificaria o seu desligamento do ministério e o retorno em grande estilo ao
Amazonas. Mas essa é uma batalha em andamento e, por equanto, sem um vencedor.
