Defesa Civil adota medidas de assistência para cheia no Amazonas
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Rio Negro
também registra subida e, para o interior, a Defesa Civil já enviou
alimentos para atender desabrigados. Foto: Sandro Pereira
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Medidas
de prevenção são substituídas por ações de assistência às famílias afetadas
pela cheia dos rios na
Amazônia. A
estratégia será repetida em Boca do Acre (a 1.537 quilômetros de Manaus),
na calha do Rio Purus, que está em situação de emergência.
A
força-tarefa montada pela Defesa Civil do Estado consiste em fornecer
cestas básicas, já enviadas em barcos, colchões, medicamentos e barracas de
emergência para garantir abrigo. Mais de mil famílias foram afetadas no
município com a subida da água também do Rio Acre. Em Rio Branco, a prefeitura
decretou estado de calamidade pública por conta da cheia recorde.
O
secretário da Defesa Civil do Estado, coronel Roberto Rocha, disse que, em
função da repetição anual da cheia no Amazonas, os municípios têm dificuldades
de se recuperar rapidamente dos desastres naturais, por isso é fundamental o
apoio público.
Roberto
Rocha reconheceu a situação crítica, mas afirmou que isso não é desculpa
para adoção de medidas de prevenção. Ele cobrou maior empenho e eficácia das
prefeituras no preparo técnico, administrativo e operacional para atender os
desabrigados. “Os eventos naturais ocorrem todos os anos e a Defesa Civil
realiza capacitação, orientações e assessoria técnica específica para preparar
esses municípios para o período de cheia e a atuação mais eficaz do poder
público municipal é necessária”, disse.
A cota de
emergência nessa segunda-feira, em Boca do Acre, foi de 19m23cm, ultrapassando
a cota de alerta (18m50cm) e a de transbordamento (19m05cm).
Com o
município de Boca do Acre, sobe para sete o número de cidades do Amazonas em
situação de emergência: Itamarati, Guajará, Ipixuna, Eirunepé e Envira, na
calha do Juruá, e Canutama, no Purus.
Os
municípios de Tabatinga, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença, Santo
Antônio do Içá, Tonantins, Atalaia do Norte, Benjamin Constant (Alto Solimões)
e Humaitá (Madeira) continuam em alerta.
A Defesa
Civil já enviou 105 toneladas de alimentos não perecíveis para garantir a
proteção alimentar das mais de 11 mil famílias afetadas.