Mais de 200 mil militares atuarão no combate ao Aedes aegypti neste sábado
O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, anunciou
oficialmente nesta quinta-feira (11) que 220 mil militares das Forças Armadas
vão participar, no próximo sábado (13), do Dia Nacional de Mobilização para o
Combate ao Mosquito Aedes aegypti. Nessa etapa, que o ministro definiu
como de mobilização, os militares serão deslocados para diversas cidades para a
ação. Nessa fase, haverá panfletagem e a presença de autoridades do governo.
"A etapa do dia 13 é para mobilizar a
população. É preciso haver mobilização da população para que, permanentemente,
removam-se das casas os focos de multiplicação dos mosquitos. O esclarecimento
é importante para que cada família se mobilize permanentemente. Esse é o
objetivo do sábado”, ressaltou o ministro da Defesa.
Aldo Rebelo explicou que os 3,3 mil militares
estão sendo preparados para aplicação de produtos químicos para matar
o Aedes aegypti e que mais 50 mil estão em treinamento. Na ação de
sábado, os militares baterão à porta das casas junto com os agentes do Ministério
da Saúde, aplicando larvicidas em caixas d'água e demais reservatórios se
necessário.
Os ministros, secretários executivos e
outras autoridades federais também participarão da ação, que será realizada em
vários estados. Aldo Rebelo participará da campanha em São Paulo, onde se
encontrará com o governador Geraldo Alckimin, no município de Campinas.
A ação vai mobilizar todos os órgãos do governo
federal e ocorrerá em mais de 350 municípios do país. O objetivo é
conscientizar a população da importância de eliminar os nascedouros do
mosquito.
No início do mês, a Organização Mundial da Saúde
(OMS) declarou emergência internacional de saúde pública em virtude
do aumento de casos de microcefalia associados à contaminação pelo vírus Zika.
A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que a situação é preocupante por
causa de fatores como a ausência de imunidade entre a população; a falta de
vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápido e a
possibilidade de disseminação global da doença.
Transmitido pelo Aedes aegypiti, mesmo vetor
dos vírus da dengue e da Chikungunya, o Zika provoca dor de cabeça, febre
baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e
vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo,
dor de garganta, tosse e vômitos. A grande preocupação, no entanto, é a relação
entre o Zika e a ocorrência de microcefalia, já confirmada pelo ministério da
Saúde.
Jogos Olimpicos
O ministro da Defesa disse não acreditar que o
aumento do número de casos de Zika e de microcefalia possa atrapalhar a
realização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto. Para Aldo Rebelo,
os esforços para eliminar o mosquito surtirão o efeito necessário. “Com o
esforço que o governo está fazendo, não creio que as Olimpíadas possam sofrer
nenhum prejuízo por conta disso.”
Aldo Rebelo lembrou que outros países, ao sediar
os Jogos, também precisaram combater riscos, como os de atentados terroristas,
por exemplo, e que os eventos não deixam de acontecer por esses motivos. “O
mundo vive sob riscos, ou de saúde, de natureza política ou terror. O risco
deve ser combatido com medidas eficazes, mas a humanidade não pode deixar de
realizar suas tarefas de eventos internacionais por conta de riscos e ameaças,
que devem ser combatidos.”
Manicoré em Foco com inf. Do Portal do
Holanda