Energia elétrica já está mais cara no Amazonas desde sábado (1°)
Os consumidores do Amazonas vão pagar energia elétrica
mais cara a partir deste sábado (1°). Com Manaus, Iranduba, Manacapuru e
Presidente Figueiredo oficialmente integradas desde maio ao Sistema Integrado
de Energia (SIN) por meio do linhão de Tucuruí, o Estado agora passa a ser
submetido ao sistema de bandeiras tarifárias. As bandeiras verde, amarela e
vermelha indicam se a energia custa mais ou menos, em função das condições de
geração de eletricidade.
Com a bandeira tarifária vermelha, a
distribuidora de energia passa a cobrar R$ 5 a mais a cada 100 quilowatts/ hora
(kWh) de consumo aos clientes das classes residenciais, industriais,
comerciais, rurais e setor público. A faixa “vermelha” é acionada quando as
condições de geração estão desfavoráveis por conta da estiagem e do uso
intensivo de usinas termoelétricas e, dessa forma, são repassados aos
consumidores.
A informação foi confirmada pela Eletrobras
Distribuição Amazonas que realiza hoje, na sede da empresa, na Cachoeirinha,
uma entrevista coletiva para explicar a nova medida, que passa a valer pela
primeira vez aos consumidores amazonenses, embora os demais 58 municípios ainda
estejam submetidos ao sistema isolado.
Aneel
O sistema de bandeiras tarifárias foi implantado
em janeiro deste ano pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em todos
os estados integrados ao SIN, exceto Amapá e Roraima que ainda recebem energia
a partir de sistema isolado. Na bandeira verde, há condições favoráveis
de geração de energia e a tarifa não sofre nenhum acréscimo; já na bandeira
amarela a tarifa sofre acréscimo de R$ 0,025 para cada quilowatt-hora (kWh)
consumido.
Com a conclusão da interligação do Linhão de
Tucuruí, o Sistema Elétrico de Manaus e parte da Região Metropolitana foram
oficialmente integrados ao SIN em 1º de maio de 2015, através do despacho de nº
1.365 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que diz: “Com a
conclusão das obras elencadas no art. 2° da Resolução Normativa n° 586, de 19
de novembro de 2013, configura a plena interligação do sistema Manaus ao SIN”.
Fazendo parte do SIN, o Amazonas passa a ter os
mesmos benefícios e encargos dos demais consumidores de energia elétrica no
País. Entre eles está uma nova forma de tarifação que sinaliza ao consumidor o
custo da geração em base mensal.
Consumidores não informados
A Aneel autorizou desde maio a cobrança do
sistema de bandeiras tarifárias no Amazonas, a partir do momento em que atestou
a conclusão das obras de interligação de Manaus ao sistema interligado. Porém,
a cobrança não foi implantada de imediato pela então Eletrobras Amazonas
Energia sob a justificativa de que grandes áreas do estado continuavam sendo
abastecidas por usinas térmicas do sistema isolado e que seria necessária uma
campanha midiática ao consumidor para explicar a entrada no sistema de
bandeiras tarifárias.
No entanto, os consumidores não foram informados
previamente sobre esta cobrança majorada.
Reportagem da Agência Estado de junho dizia que a
cobrança não foi implantada por ordem do ministro Eduardo Braga, ex-governador
do Amazonas, para não figurar mal com seu reduto eleitoral.
Em julho foi aprovada a desverticalização da
Eletrobras Amazonas Energia que passou a ser dividida em duas empresas:
Eletrobras Distribuição Amazonas e Eletrobras Amazonas Geração e Transmissão de
Energia.
Fonte: Acrítica de Manaus