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Órgãos de defesa do consumidor vão pedir suspensão temporária de novo reajuste da Aneel





A partir de 1º de novembro, 900 mil pessoas atendidas pela Eletrobrás Distribuição Amazonas vão sofrer reajuste de 38,8% na conta de luz -
Manaus -  Representantes de órgãos responsáveis pela defesa do consumidor no Amazonas encaminharão à Justiça Federal, até a próxima semana, uma medida cautelar pedindo a suspensão temporária do reajuste anual de 38,8 % na tarifa de luz para consumidores amazonenses. A decisão foi tomada durante uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira (29), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), no bairro São Raimundo, zona oeste da cidade, nesta manhã.
O presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da CMM, vereador Álvaro Campelo (PP), que conduziu a reunião, descreveu o reajuste como "ilegal, desproporcional e que precisa ser combatido". De acordo com ele, o aumento pode ser considerado  uma retaliação da empresa Eletrobrás Distribuição Amazonas em virtude da suspensão, em caráter liminar, das cobranças das bandeiras tarifárias, pelo juiz da 3º Vara Federal, Ricardo Augusto de Sales, em setembro deste ano.
"Temos um rombo no sistema elétrico, porque esse reajuste é absurdo, o que nos obriga até a próxima semana entrar com uma medida cautelar na Justiça Federal em benefício da população, para estudarmos o caso. Nenhum outro lugar do Brasil sofreu um aumento desse porte", explicou.
"A Aneel não está trabalhando a favor dos consumidores, e sim, das empresas. Esse aumento não pode ser feito para repor a suspensão das cobranças da bandeiras tarifárias, porque não temos um bom serviço prestado", destacou o promotor de Defesa do Consumidor, Otávio Gomes, promotor de Justiça, Otávio Gomes, titular da 51ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon) do MP-AM.
A secretária-executiva do Procon-AM, Rosely Fernandes, explicou que caso o juiz acate a decisão, a suspensão será realizada imediatamente e os orgãos terão 30 dias para apresentar propostas.
"O Procon acredita que esse reajuste seja desnecessário. Vamos ainda ter uma reunião com a Eletrobrás hoje, pois queremos explicações técnicas", afirmou.
Segundo ela, desde que o reajuste foi anunciado, o serviço de atendimentos de denúncias do orgão tem ficado congestionado com tantas ligações. "Temos recebido muitas reclamações sobre esse reajuste. E percebemos que é algo que não vai beneficiar a população em nada. No entanto, durante esse prazo de 30 dias que estamos pedindo, vamos conseguir montar bons argumentos e tentar melhorar o serviço".
A secretária  ainda explicou que a ação também servirá para garantir o direito de ressarcimento dos consumidores que chegarem a pagar as contas com a nova cobrança, que já que começa a partir do próximo domingo (1º).
"Espero que o juiz acate a ação que os órgãos vão encaminhar o quanto antes, para a população ter as orientações para não pagar", finalizou.
Representantes do Procon Amazonas e Manaus, da Defensoria Pública do Amazonas, Ouvidoria do Município, Ministério Público Estadual, Defensória Pública da União e da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB também participaram da reunião.
A equipe do D24am entrou em contato com a assessoria de imprensa da Eletrobrás Distribuição Amazonas, que respondeu informando que somente a Aneel pode falar sobre o assunto. Em nota, a agência reguladora informou que o reajuste tarifário é um mecanismo de atualização de tarifas previsto nos contratos de concessão assinados entre as distribuidoras e o Governo Federal por meio da Aneel. 
Ainda conforme a Aneel,  os principais motivos para o aumento foram os custos que a distribuidora teve com compra de energia e pagamento de encargos setoriais.
Reajuste aprovado
Na última terça-feira (27), Agência Nacional Energia Elétrica (Aneel), durante reunião pública, aprovou reajuste de 38,8% na conta de luz de 900 mil consumidores no Estado. A mudança começa a valer no dia 1º de novembro, próximo domingo.
O efeito médio para as unidades de baixa tensão, (< 2,3 kV) será de 39,10%. Nesta classe, estão incluídos os consumidores rurais e os pequenos estabelecimentos de comércio e serviços. Para as grandes indústrias, o reajuste médio será de 42,55%. Estes clientes pertencem à categoria de alta tensão (> 2,3 kV). O efeito médio geral para o Amazonas será de 40,54%.
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