Caso Tenharins: familiares dizem está revoltados com a decisão da Justiça
"Com muita revolta e tristeza no coração, assim
recebemos a decisão da Justiça”. Afirmou hoje (12) Adriana Freire, viúva de
Luciano Freire, um dos três homens que teriam sido mortos por índios da etnia
Tenharim em dezembro de 2013, no Sul do Amazonas.
No último dia 6, a justiça decidiu pela liberdade do grupo
indígena suspeito do crime. Eles estavam presos desde janeiro de 2013 e
aguardavam julgamento na base Hi-Merimã da Funai, que fica em uma área isolada.
Além de Luciano Freire, de 29 anos, o professor Stef Pinheiro de Souza, 43 anos, e o funcionário da Eletrobrás Amazonas Energia Aldeney Salvador, 40 anos, desapareceram na Rodovia Transamazônica (BR-230).
A viúva de Freire diz que a liberdade dos réus é revoltante. Ela criticou ainda a demora no julgamento do processo. "O mínimo que a Justiça deve fazer é mantê-los presos. Vai completar dois anos e nada foi resolvido. Parece que no Brasil não temos mais justiça, os inocentes que pagam", desabafou.
Além da esposa, Luciano Freire deixou um filho de quatro anos e uma enteada, de 11 anos. A família, que tinha como fonte de renda o trabalho do vendedor, passa por dificuldades financeiras. O trauma da perda do pai causou danos psicológicos no filho do casal, segundo a dona de casa.
"Meu filho até hoje sofre com a perda do pai. Ele tem sequelas do que aconteceu e precisa de tratamento psicológico. Não sei mais o que faço. Não recebo apoio. Quem acompanha o caso sabe o que nossas famílias estão passando. Não é fácil", lamentou Adriana.
À espera de resposta para o crime, Adriana disse que a família deve se mobilizar para tentar reverter à decisão. "Sabemos que meu marido não vai voltar, mas não vamos ficar de braços cruzados, nem calados", afirmou a viúva do vendedor.
O advogado Carlos Evaldo Terrinha, que representa as famílias das vítimas, criticou a decisão da Justiça do Amazonas. Ele lamentou a longa espera pela decisão da Justiça, mas ponderou que o processo é complexo.
Além de Luciano Freire, de 29 anos, o professor Stef Pinheiro de Souza, 43 anos, e o funcionário da Eletrobrás Amazonas Energia Aldeney Salvador, 40 anos, desapareceram na Rodovia Transamazônica (BR-230).
A viúva de Freire diz que a liberdade dos réus é revoltante. Ela criticou ainda a demora no julgamento do processo. "O mínimo que a Justiça deve fazer é mantê-los presos. Vai completar dois anos e nada foi resolvido. Parece que no Brasil não temos mais justiça, os inocentes que pagam", desabafou.
Além da esposa, Luciano Freire deixou um filho de quatro anos e uma enteada, de 11 anos. A família, que tinha como fonte de renda o trabalho do vendedor, passa por dificuldades financeiras. O trauma da perda do pai causou danos psicológicos no filho do casal, segundo a dona de casa.
"Meu filho até hoje sofre com a perda do pai. Ele tem sequelas do que aconteceu e precisa de tratamento psicológico. Não sei mais o que faço. Não recebo apoio. Quem acompanha o caso sabe o que nossas famílias estão passando. Não é fácil", lamentou Adriana.
À espera de resposta para o crime, Adriana disse que a família deve se mobilizar para tentar reverter à decisão. "Sabemos que meu marido não vai voltar, mas não vamos ficar de braços cruzados, nem calados", afirmou a viúva do vendedor.
O advogado Carlos Evaldo Terrinha, que representa as famílias das vítimas, criticou a decisão da Justiça do Amazonas. Ele lamentou a longa espera pela decisão da Justiça, mas ponderou que o processo é complexo.
"São dois anos de espera e marasmo da Justiça. De
repente, uma desembargadora Encarnação das Graças Sampaio Salgado toma uma
decisão precipitada e irresponsavelmente, colocando os réus na rua. Foi uma
decisão precipitada sob pressão da Funai. Deram entrada no habeas corpus no dia
3 e no dia 6 ela concedeu a liminar sem ouvir o juiz que preside a instrução em
Humaitá", afirmou o advogado.
Fonte: Folha da Mangaba